Histórico
O Ovelheiro é o cão do gaúcho, fiel e inseparável companheiro. O Rio Grande do Sul (Brasil), com sua vasta extensão territorial, sempre foi local propício à agropecuária. Desde o remoto início do povoamento, quando começaram a perambular, pela imensidão do pampa, os ameríndios, os primeiros aventureiros espanhóis e portugueses, os campos foram enriquecendo devido às grandes manadas de eqüinos provenientes de alguns cavalos e éguas que se salvaram de um naufrágio, em 1512, e aos valiosos rebanhos de gado bovino, provindos principalmente das reduções jesuíticas. Também a criação de ovinos começou a ter grande influência na economia local. Para auxiliar no cuidado dos rebanhos, os cães passaram a ser utilizados com grande aceitação.
Por serem descendentes de cães de pastoreio, têm grandes qualidades exigidas no trato com as delicadas ovelhas, mas também sabem como comandar um rebanho bovino quando necessário.
O gaúcho aprendeu a dar valor ao seu inseparável companheiro, pois dois ou três cães e um peão conseguem, sozinhos, dar conta do pastoreio de um rebanho. Em certas propriedades, o peão é contratado em função do cão ovelheiro que possui.
UTILIZAÇÃO: o Ovelheiro Gaúcho é um cão diretamente ligado ao trabalho do campo, com a missão de acompanhar o peão em suas lides rurais, desempenhando a função de conduzir as ovelhas, buscando-as no campo e levando-as a bretes e piquetes. Guardá-las e protegê-las de outros animais e, até mesmo, de cães e de pessoas desconhecidas, são também funções dessa raça.
Quando em trabalho, ao transferir as ovelhas do pasto, viaja ao lado do rebanho ou atrás conduzindo-as, retomando em seguida à retaguarda para verificar as retardatárias e as que, eventualmente, tenham se afastado do rebanho, a fim de mantê-las unidas. Quando o rebanho se instala, os cães se deitam em posição de guarda. Na rotina de trabalho, nas fazendas, é muito comum fazerem toda a lida sozinhos, dispensando, inclusive, a companhia do peão. Podemos acrescentar que o ovelheiro gaúcho trabalha não só com ovelhas, mas também com qualquer tipo de rebanho. No pampa gaúcho, quando se contrata um peão, é fundamental que esse saiba lidar com os cães. Um bom Ovelheiro substitui, com tranqüilidade, três homens, e um peão sem cão, vale meio peão.
Um comentário:
Mas bah, tchê.
Até parece o G, meu cachorro, vou publicar uma foto dele e vincular tua postagem...
Parabéns.
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